A sessão solene do 25 de Abril no Parlamento vai realizar-se nos mesmos moldes dos anos anteriores, apesar da dissolução da Assembleia da República.
Esta será a última sessão solene do 25 de Abril durante o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República.
No entanto, o programa de eventos de natureza festiva que estavam previstos para a residência oficial do primeiro-ministro "foram adiados para o dia 1 de Maio" por respeito à morte do Papa Francisco, anunciou, em comunicado o Governo
"[Porém,] a tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de Abril", acrescenta a nota da Presidência do Conselho de Ministros.
Nos edifícios públicos, a bandeira nacional estará a meia-haste durante os três dias de luto nacional pela morte do Papa, que se iniciou esta quinta-feira e termina no sábado, dia das cerimónias fúnebres.
O tradicional desfile popular do 25 de Abril também se realiza, às 15:00, com início na Praça Marquês de Pombal. O percurso seguirá pela Avenida da Liberdade até à Praça D. Pedro IV (Rossio), onde decorrerão intervenções políticas e momentos culturais.
Apesar do luto nacional, a Associação 25 de Abril confirmou que o desfile se mantém sem alterações, destacando a importância de continuar a celebrar a democracia e a liberdade .
Sabia que já houve anos sem cerimónia?
A sessão que assinala a Revolução dos Cravos no Parlamento não se realizou em apenas quatro dos 49 anos da Assembleia da República nascida das eleições de 25 de Abril de 1976, data da entrada em vigor da Constituição democrática.
É preciso voltar atrás 14 anos para encontrar o último 25 de Abril que não tenha tido sessão solene no Parlamento. Em 2011, recorde-se, o país vivia uma crise política. Houve dissolução da Assembleia da República e a comemoração oficial mudou-se de São Bento para o Palácio de Belém.
Em 1992, Mário Soares preferiu transferir as comemorações para Belém. No ano seguinte, em 1993, não houve devido ao protesto dos jornalistas parlamentares. Como não haveria cobertura, decidiu-se cancelar a sessão no Parlamento.
Já em 1983 também não aconteceu sessão solene porque havia eleições no mesmo dia.
O que mudou na "paz, pão, habitação, saúde e educação" depois do 25 de Abril?
Hoje reformados, uma professora, um general, uma psicóloga, um operário e um médico recordam como viveram os primeiros anos de profissão durante a Revolução.
Uma Grande Reportagem para ver aqui:
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Recorde algumas das principais personalidades que desempenharam papéis distintos, mas complementares, na Revolução dos Cravos, contribuindo para a queda do regime autoritário do Estado Novo e para a transição para a democracia em Portugal.
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Meia dúzia de canções revolucionárias para celebrar um dia histórico da democracia em Portugal.
