A candidatura do Liivre pelo círculo da Madeira às eleições para a Assembleia da República, liderada por Marta Sofia, defende que a Região "precisa de uma nova abordagem à gestão pública", centrada na responsabilidade, na integridade e na participação cidadã.

O pacote inclui seis propostas estruturais para transformar o modelo de gestão financeira regional, com base na transparência, integridade e responsabilização, que passam por: transparência orçamental total, reforço da fiscalização e auditoria independente, combate à oligarquia económica regional, limitação de ajustes directos e parcerias público-privadas, protecção e incentivo a denúncias (whistleblowers), reforma das empresas públicas regionais.

A Madeira merece instituições fortes, fiscalizadas e ao serviço do bem comum Marta Sofia, candidata do Livre

O partido defende uma nova cultura política na Madeira, assente na "transparência, no rigor e na responsabilidade".

"As propostas serão levadas à Assembleia da República com a determinação de garantir uma autonomia que sirva verdadeiramente as pessoas, livre de corrupção e opacidade. Estas medidas reforçam o compromisso do Livre com uma autonomia verdadeiramente ao serviço das pessoas, onde a transparência, a justiça fiscal e a boa governação são pilares essenciais para o desenvolvimento sustentável da Madeira", finaliza.

Confira na totalidade os seis eixos de intervenção legislativa propostos pelo Livre:

  1. Transparência Orçamental Total
    Criação de plataformas públicas e acessíveis para visualização em tempo real dos orçamentos e da execução financeira. Todas as entidades públicas e empresas participadas deverão publicar contratos, despesas e adjudicações online, promovendo um verdadeiro escrutínio cidadão.
  2. Reforço da Fiscalização e Auditoria Independente
    Fortalecimento do Tribunal de Contas e da Inspeção-Geral de Finanças com secções autónomas para as regiões. Criação de um organismo regional de auditoria independente, com poderes de investigação e publicação de relatórios públicos.
  3. Combate à Oligarquia Económica Regional
    Imposição de limites legais à concentração de adjudicações públicas em grupos empresariais dominantes. Todos os concursos, incluindo subcontratações, deverão obedecer a critérios objetivos, públicos e verificáveis.
  4. Limitação de Ajustes Diretos e Parcerias Público-Privadas (PPPs)
    Redução drástica do recurso a ajustes diretos e fixação de um teto percentual face ao orçamento total. As novas PPPs deverão passar por análises de custo-benefício independentes e processos de consulta pública.
  5. Protecção e Incentivo a Denúncias (Whistleblowers)
    Criação de canais seguros e anonimizados para denúncias de corrupção, com garantias legais contra represálias. Estabelecimento de incentivos a denunciantes que contribuam para evitar prejuízos ao erário público.
  6. Reforma das Empresas Públicas Regionais
    Revisão profunda da rede de empresas públicas, de entidades redundantes ou cronicamente deficitárias. Auditorias externas obrigatórias e publicação anual dos resultados.