
Pedro Nuno Santos começou o 11.º dia de campanha no mercado do Livramento, em Setúbal, e foi já na reta final da visita que se verificou um momento tenso, depois de ter sido confrontado por Joana Amaral Dias, cabeça de lista do ADN por Lisboa.
Surpreendendo o líder do PS dentro do mercado, Joana Amaral Dias foi gritando, enquanto seguia atrás de Pedro Nuno Santos, sobre os subsídios de deslocação, perguntando-lhe se já devolveu o dinheiro ao parlamento e que estes subsídios são para "viagens reais", se "tem medo das perguntas" e o "povo quer saber", enquanto se ouvia elementos da caravana a gritar "PS, PS, PS".
O líder socialista foi respondendo "seja séria" e "não seja mentirosa", mostrando-se um pouco irritado com a situação, depois de Joana Amaral Dias o ter seguido por uns instantes até ao balcão de um café, onde se juntaram vários apoiantes socialistas à volta do líder.
Já depois, na parte exterior do mercado, Joana Amaral Dias encontrava-se com mais três apoiantes, mostrando-se sorridente e desejando aos jornalistas "bom trabalho".
Em 2024, notícias referiam que o secretário-geral do PS teria recebido subsídio de deslocação do parlamento, entre 2005 e 2015, apesar de morar em Lisboa durante grande parte dos trabalhos parlamentares.
Já na altura, Pedro Nuno Santos disse que "cumpriu todas as regras" da Assembleia da Republica e esclareceu que a sua vida estava concentrada em São João da Madeira, em Aveiro, distrito pelo qual foi eleito deputado e que, Lisboa, passou a ser a cidade da sua residência habitual, depois de integrar o primeiro Governo de António Costa.
Antes, Pedro Nuno Santos foi cumprimentando os clientes e comerciantes do mercado, distribuiu rosas vermelhas e a uma pensionista que se queixava da reforma pequena e de saber de casos de pessoas que nunca descontaram e recebem 600 euros, o líder socialista disse que a "realidade é dura".
"A realidade da maioria é dura, não quer dizer que não possa haver um ou outro caso de injustiça, mas a maioria trabalhou muito e ganha pouco", afirmou, referindo ainda que "não dá para contar as histórias do nosso povo".
Muito foram os que se dirigiram ao secretário-geral do PS com histórias de pensões baixas, mas também com a garantia de que vão votar nos socialistas no próximo domingo.
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