O Juntos pelo Povo (JPP) apelou, hoje, à população da Madeira e Porto Santo a, no próximo domingo, usar o seu voto para eleger, pela primeira vez, "um deputado do único partido com sede e berço na Madeira" e, assim, “fazer história”.

“Seria um momento de grande afirmação da autonomia regional”, afirmou o candidato Filipe Sousa, durante uma acção de contacto com a população do concelho de Câmara de Lobos.

“Nunca um partido nascido na Madeira, um partido herdeiro da autonomia, teve assento na Assembleia da República, mas deste vez estamos muito próximos de o conseguir para podermos provar que temos formas de trabalhar completamente distintas do PSD, CDS, PS e CHEGA. Queremos levar para o Parlamento o nosso sentido de comunidade, de proximidade, a competência e a dedicação, já reconhecido pelos madeirenses e porto-santenses”, vincou.

O número um da lista do JPP realça que o seu partido, ao contrário dos adversários, não tem de seguir agendas nacionais. "Os deputados desses partidos eleitos pela Madeira não têm poder para decidir os temas que devem ser discutidos e estão amarrados à disciplina da respetiva bancada parlamentar”, critica Filipe Sousa, citado em comunicado de imprensa.

Somos um partido nacional, como é natural, imbuído de um forte sentido institucional, empenhado em remover as muitas ‘Ilhas’ de isolamento económico e social que esses partidos foram erguendo ao longo destes anos por todo o país, mas se a população eleger no domingo o JPP para a Assembleia da República, será o JPP a agendar os assuntos prioritários da Madeira, e isso não acontece com nenhum outro partido, o que é uma diferença substantiva Filipe Sousa, JPP

Para fundamentar a sua argumentação, o candidato diz que “só as dependências do PSD, CDS, PS e CHEGA das agendas e orientações nacionais”, a partir de Lisboa, explicam que "ao fim de 10 anos nenhum desses partidos tenham resolvido a questão essencial do subsídio de mobilidade para que o residente pague apenas 79€ e o estudante 59€ nas viagens aéreas", tal como acontece com a linha marítima.

Filipe Sousa nota que "17 anos depois da primeira viagem do Armas está por resolver outro desejo inquestionável da população”, a linha marítima de passageiros e carga entre a Madeira e o Continente.

Na mesma linha, diz que esses partidos “arrastam há anos a revisão da Lei de Finanças Regionais, a criação do sistema fiscal diferenciado, a estabilidade do Centro Internacional de Negócios, o reforço dos poderes da Autonomia", entre outras questões relacionadas com a Madeira.

Filipe Sousa compromete-se ainda a aplicar na Assembleia da República a mesma “competência, determinação e coragem” para ajudar a resolver o que PSD, CDS, PS e CHEGA têm adiado.

Aos “velhos problemas”, Filipe Sousa acrescenta “projectos inovadores” para o seu mandato, tais como: a criação da Estrutura de Missão para, "de uma vez por todas, e no espaço de uma legislatura, se saber com rigor científico quanto custa viver nas Ilhas, respondendo a questões como o custo de vida, a habitação, os impostos, os salários por profissões, educação, saúde, transportes, água, luz, gás e telecomunicações".