Filipe Sousa considera que a ligação marítima por ferry, de passageiros e carga, entre a Madeira e o continente “mais do que uma exigência dos madeirenses é uma ligação fundamental e estruturante para a economia regional, as pessoas, as famílias e as empresas”. O candidato pelo JPP à Assembleia da República deu hoje ênfase às questões de mobilidade.

“O ferry só traz vantagens à Região, à economia e às pessoas”, destacou. “Dizer o contrário é proteger monopólios instalados que servem apenas os interesses de meia dúzia contra o interesse geral das populações", considera o cabeça-de-lista.

Filipe Sousa explicou que esse meio de transporte irá "baixar o custo com o transporte de mercadorias, reduzir o custo de vida e das empresas e abrir novas oportunidades". Por outro lado, "com o barco, talvez possamos atrair mais uma grande superfície comercial para a Madeira e introduzir maior concorrência nos bens alimentares, com reflexos na descida dos preços".

O ferry também é importante para que as empresas da Madeira coloquem os seus produtos no continente de forma rápida e a custos reduzidos, o que não acontece agora. Não é um barco para passear. É uma ligação fundamental e estruturante para a economia regional, as pessoas, as famílias e as empresas. Filipe Sousa

A ligação marítima entre a Madeira e o continente é um dos principais compromissos assumidos pelo candidato do JPP. “Fingem que querem o barco, mas falta-lhes coragem política porque, na verdade, o que querem é manter intocáveis os interesses monopolistas instalados, contra o desejo legítimo da generalidade da população", disse, referindo-se à coligação AD PSD – CDS.

Filipe Sousa faz saber que a Aliança AD PSD-CDS colocou no Orçamento de Estado para 2025 a abertura de concurso público para a operação marítima, mas alerta para o facto de "a redação do texto conter a mesma limitação que havia sido imposta ao Armas e que contribuiu para inviabilizar a linha e forçar o armador a abandoná-la". A expressão “carga rodada”, nota o candidato, comporta “uma restrição” que poderá deixar o concurso “deserto de concorrentes como já aconteceu”.

“Vamos exigir que a AD PSD-CDS avance com o prometido concurso público e proceda à alteração do texto”, diz. “O concurso público deverá consagrar a valência de passageiros e carga, num texto limpo de limitações que estão lá penas para proteger monopólios. É por isto que o JPP irá bater-se na Assembleia da República", assume.

Filipe Sousa aponta que o JPP “é o único partido que tem duas soluções para o ferry: uma, através da diplomacia comercial entre governos regional, da República e de Canárias, a outra, exigindo ao Estado que cumpra o princípio da continuidade territorial porque é um dever, não é um favor”.