"As forças eliminaram mais de 35 terroristas e detiveram mais de 100 pessoas procuradas", durante uma operação lançada a 21 de janeiro, afirmou o exército de Israel, em comunicado.
O exército israelita referiu ainda que, "durante uma anterior operação, mais de 15 terroristas foram eliminados em ataques aéreos".
Em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP), um porta-voz do exército de Israel disse que este balanço total inclui operações desde 14 de janeiro.
De acordo com a agência de notícias EFE, a morte de mais de 50 milicianos por parte do exército israelita foi registada desde o início da sua operação militar há duas semanas contra Jenin (a terceira maior cidade da Cisjordânia), à qual acrescentou Tulcarém e Tubas, no norte da Cisjordânia ocupada.
Além disso, o exército de Israel fez hoje explodir cerca de 20 casas no campo de refugiados de Jenin, relataram fontes palestinianas, que denunciaram a morte de três menores.
"As forças de segurança continuam a campanha para impedir as atividades terroristas na região norte da Samaria (Cisjordânia)", explicou o exército israelita, num comunicado citado pela EFE, no qual afirma ter detido mais de uma centena de pessoas.
Entre os mortos estão pelo menos três menores, incluindo uma menina de 2 anos atingida por uma bala do exército enquanto jantava com a família em Jenin, segundo o departamento palestiniano de saúde.
Israel iniciou a sua operação 'Muro de Ferro' em 21 de janeiro -- apenas dois dias após o início do cessar-fogo em Gaza -- contra Jenin, bastião histórico da resistência armada e com a presença tanto do Hamas como da Jihad Islâmica, que dias depois se estendeu às cidades de Tulcarém e Tubas, no norte da Cisjordânia.
Imagens veiculadas pelos canais palestinianos mostraram o momento em que, hoje, Israel fez explodir até 20 edifícios no bairro de Al Damj, no campo de Jenin e conhecido por ser um símbolo de resistência durante a Primeira Intifada, em 1987, e pela invasão israelita em abril de 2002.
Segundo os meios de comunicação palestinianos, as forças israelitas transportaram grandes quantidades de explosivos depois de terem obrigado os residentes a sair das suas casas nos dias anteriores.
"Estes crimes crescentes em Jenin exigem uma intensificação da resistência para enfrentar a ocupação criminosa, que pretende eliminar a presença palestiniana. O nosso povo não se renderá à máquina sionista de destruição e devastação", ameaçou hoje o Hamas, em comunicado.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, avisou que o Exército vai manter-se no terreno mesmo após o fim da atual ofensiva.
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