
O Ministério Público e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriram investigações ao caso de um utente do Hospital do Espírito Santo de Évora que se sentira mal perto do edifício, mas que teve de ligar para o 112 para ser socorrido.
“Foi determinada, por despacho do Inspetor-geral, a abertura de um processo de inquérito para apurar os factos relacionados com a ausência de socorro imediato a utente por parte do Hospital do Espírito Santo de Évora, integrado na Unidade Local de Saúde do Alentejo Central, E.P.E., no dia 18 de fevereiro de 2025”, segundo uma nota publicada no site do IGAS esta quarta-feira, 19 de fevereiro.
Não é a única investigação aberta. À agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou a instauração de um inquérito a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, “com o objetivo de se investigar eventual ilícito criminal”. Não é dito qual o crime que está em causa.
Segundo foi noticiado pela SIC, um homem sentiu-se mal, com sintomas compatíveis com um acidente vascular-cerebral (AVC), a cerca de 20 metros do hospital de Évora. Foi assistido pelos bombeiros que ali estavam, mas o hospital respondeu que teriam de ligar para o 112 para haver socorro. Assim foi feito e o transporte para o hospital chegou. À SIC, o hospital não fez comentários.
Segundo a Lusa, também o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, pediu esclarecimentos: "é preocupante e não faz sentido nenhum que uma pessoa que se sinta mal perto do hospital não tenha assistência do hospital".