
A noite eleitoral de ontem na TSF-Madeira fechou com um 'bloco de notas' dadas aos políticos por cinco comentadores convidados, casos da deputada Sara Madalena, do professor Joaquim Sousa, do gestor André Barreto, do economista Paulo Pereira e do jornalista Nicolau Fernandes.
Coube-lhes avaliar desempenhos dos partidos com base em critérios previamente definidos e divididos em três eixos:
1. Valores (de 0 a 10 para os que na Região têm representação na ALM ou têm representação na AR, ou seja, PSD/CDS, JPP, PS, Chega, IL, CDU, BE, PAN e Livre);
2. Trocos (para um ou outro dos sofríveis apesar de esforçados, ou seja, para ND/R.I.R/PPM/ADN/Ergue-te/MPT/PTP);
3. Nem um cêntimo (para eventuais gestos ou posturas miseráveis).
O veredicto surgiu em antena às 23h, com Sara Madalena a aplicar também chumbos por faltas e a congelar notas.

Joaquim Sousa, para além de fustigar o PAN e o BE, considera que o PS - a quem deu um quatro! - foi enxovalhado, mais uma vez, por obra da estratégia de Paulo Cafôfo.

André Barreto confessou-se "triste" com os números do Chega e decreta uma proibição a aplicar aos abstencionistas.

Paulo Pereira detectou vários momentos de "pobreza franciscana" num sistema que esbanja recursos a troco de uns dias férias dos candidatos.

Nicolau Fernandes assumiu-se "forreta" na avaliação a alguns bons alunos que se portaram mal e nota que no quarteto madeirense na Assembleia da República há sinais perigosos, que oscilam entre o fundamentalismo e a indefinição.

Resultado do JPP motiva leituras
A emissão da TSF-Madeira contou ainda com um painel de análise fixo, composto por ex-parlamentares. Casos de Liliana Rodrigues, Miguel de Sousa e Nuno Morna que abordaram entre as 19h e as 22h30 os resultados e seus efeitos imediatos na política regional e nacional e ainda as implicações políticas, económicas e sociais das decisões expressas nas urnas.

O feito histórico do JPP esteve em foco. Liliana Rodrigues lembrou que o JPP tem um passado que tende a omitir.

Miguel de Sousa enfatizou a conquista de um partido de matriz regional, mesmo que obtida de forma "clandestina".

Nuno Morna desconfia que Filipe Sousa terá dificuldades em fazer-se ouvir em São Bento.
O JPP faz história num sufrágio em que a abstenção na Região foi de 45,69%, mais de 4 pontos percentuais face a Março de 2024. Segundo os resultados eleitorais de ontem, houve mais votos nulos (1.833) do que na CDU, que ficou em 7.º lugar, com 1.763 votos.