Logo após votar na sua mesa de voto na Escola da Ajuda, o líder do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, apontou ao DIÁRIO os principais aspectos deste acto eleitoral nacional, nomeadamente o papel dos futuros eleitos pelo círculo da Madeira e o papel do Estado em solucionar algumas matérias que continuam, legislatura a legislatura, a ficar para trás.

O anterior presidente da Assembleia Legilativa da Madeira e agora secretário regional da Economia, espera que "à semelhança dos madeirenses nas última eleições regionais, os portugueses possam, no seu todo, dar um contributo decisivo com o seu voto para a estabilidade política, para o sentido de responsabilidade e para que tenhamos uma solução estável de governo para os próximos 4 anos e para que o país não ande de eleição em eleição", atirou.

Para José Manuel Rodrigues, esta instabilidade faz com que o país perca, todos percamos "a possibilidade de crescer economicamente, de criar riqueza e de essa riqueza ser distribuída de forma socialmente mais justa", realça. E acrescenta: "Acho que a estabilidade trás confiança, a confiança trás investimento, o investimento trás a criação de empresas, trás emprego, trás riqueza e isso é bom para todos nós. Isso só é possível quando há estabilidade política."

Por outro lado, o líder centrista regional espera que "os deputados que venham a ser eleitos pela Região Autónoma da Madeira, contribuam para essa estabilidade política, mas sobretudo que venham a defender, intransigentemente, os interesses da Madeira e do Porto Santo na Assembleia da República. Porque há muitos assuntos pendentes entre o Estado e a Região que precisam ser resolvidos, nomeadamente o princípio da continuidade territorial, o princípio da solidariedade nacional, a revisão da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, a possbilidade de criarmos um sistema fiscal próprio e, sobretudo, uma questão que acho que é central, pois há custos de insularidade que são custos de soberania e que têm de ser assumidos pelo Estado e não pelas regiões autónomas, como tem acontecido até agora", concluiu.