
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se "profundamente alarmado" com o ataque aéreo de Israel, no domingo, ao hospital al-Ahli, na Faixa de Gaza.
O ataque "paralisou o complexo e desferiu um duro golpe num sistema de saúde já devastado", afirmou o porta-voz do Secretariado, Stéphane Dujarric, em comunicado divulgado na segunda-feira.
O secretário-geral sublinhou ainda que, "nos termos do direito humanitário internacional", os feridos, os doentes, o pessoal médico e as instalações médicas devem ser "respeitados e protegidos", e recordou que as provisões médicas estão a escassear enquanto os hospitais continuam a encher-se de vítimas.
As forças israelitas bombardearam o edifício de entrada do Hospital al-Ahli, também conhecido como Hospital Batista, na madrugada de domingo, causando graves danos e obrigando à retirada de doentes e pessoal, confirmou o Ministério da Saúde e da Defesa Civil de Gaza.
O ataque causou a morte indireta de uma criança, durante a deslocação forçada de pacientes, e deixou o centro fora de funcionamento.
Guterres sublinhou que cerca de 70% da Faixa de Gaza está agora sob ordens de deslocação emitidas por Israel ou dentro de uma zona interdita, deixando os palestinianos "sem nenhum sítio seguro para onde ir e com pouco para sobreviver".
"As consequências humanitárias são devastadoras, com as reservas alimentares a esgotarem-se, a produção de água a diminuir drasticamente e os materiais de abrigo quase totalmente esgotados", acrescentou o secretário-geral da ONU.