O Governo de Israel aprovou, esta sexta-feira, um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns mantidos no enclave após 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas.

“O governo aprovou o plano de libertação dos reféns”, lê-se no texto divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “O plano de libertação de reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025”, acrescenta.

O executivo esteve reunido várias horas. Dos 32 ministros do Governo israelita pelo menos 24 terão votado a favor, avança o jornal Times of Israel. A expectativa é que o cessar-fogo comece pouco depois do meio dia de domingo. A primeira troca de reféns pode acontecer às 16:00 da tarde, 14:00 da tarde, em Lisboa.

As três partes do acordo

O fim definitivo das hostilidades será negociado durante a primeira fase do entendimento com a suspensão dos combates e libertação dos primeiros prisioneiros, e que se prolonga por 42 dias.

Além das libertações iniciais de reféns, a primeira fase inclui, de acordo com o Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, "um cessar-fogo total" e uma retirada israelita de áreas densamente povoadas, bem como o aumento da ajuda humanitária ao enclave destruído.

A segunda fase deverá permitir a libertação dos últimos reféns, antes da terceira e última etapa dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza e à restituição dos corpos dos reféns que morreram no cativeiro do Hamas

Gabinete de Segurança já tinha aprovado cessar-fogo

Esta manhã, o gabinete de segurança do Governo de Israel já tinha dado 'luz verde' ao acordo de tréguas com o Hamas.

Os mediadores Qatar e EUA tinham anunciado o cessar-fogo na quarta-feira, mas o acordo ficou pendente durante mais de um dia, uma vez que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que houve complicações de última hora que atribuiu ao movimento islamita palestiniano Hamas.

- Com Lusa

[Última atualização às 23:54]