
O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, e candidato do partido às eleições de 18 de Maio, afirma que a imigração "massiva e desregulada" que se tem verificado em Portugal está a prejudicar os jovens portugueses, forçando muitos a abandonar o país onde nasceram e agravando, simultaneamente, a já crítica situação do mercado da habitação.
Segundo o deputado, que dedicou o dia a acções de proximidade em vários pontos do Funchal, a entrada contínua de um elevado número de estrangeiros está a alterar negativamente as dinâmicas do mercado de trabalho, afectando sobretudo os jovens que ambicionam uma vida digna, com empregos estáveis e salários compatíveis com o custo de vida e com os seus níveis de qualificação.
Estamos a importar pobreza, dependência, instabilidade e criminalidade, enquanto mandamos para fora os jovens que aqui nasceram, estudaram e até queriam ficar. Um-terço dos jovens nascidos em Portugal já vive no estrangeiro e quem perde com isto é o nosso país Francisco Gomes, candidato do Chega
Contudo, para o parlamentar, os efeitos desta vaga migratória não se restringem apenas ao domínio laboral. Francisco Gomes chama a atenção para um impacto igualmente grave no sector habitacional.
"A imigração em massa está a exercer uma enorme pressão sobre o mercado imobiliário, tanto no sector da compra como do arrendamento. A procura disparou, e com ela os preços. Hoje, milhares de jovens que já trabalham, que estudaram e investiram em Portugal, vêem-se completamente impossibilitados de comprar casa ou sequer de pagar uma renda justa", observou o parlamentar do Chega.
Francisco Gomes considera inaceitável que tantos portugueses, mesmo com emprego, não consigam dar início a um projecto de vida, formar família ou estabelecer raízes no seu próprio país. "Estamos a transformar Portugal num país onde apenas quem chega de fora encontra oportunidades, subsídios e habitação garantida, enquanto os nossos jovens se vêem forçados a partir ou a viver com os pais até aos 30 ou 40 anos", criticou.
O deputado rejeita, ainda, o argumento de que os imigrantes são necessários para colmatar a falta de mão-de-obra em certas áreas. "Muitos portugueses emigram para trabalhar em sectores como a agricultura, a indústria ou a construção. O que recusam não é o trabalho, mas sim, e com razão, as condições indignas e os salários de miséria, potenciados por esta política de portas escancaradas à imigração descontrolada. Isto só contribui para a precariedade generalizada e para o empobrecimento da sociedade portuguesa”, concluiu.