As exportações portuguesas de calçado aumentaram 5,4% em valor e 4,9% em volume no primeiro trimestre, em termos homólogos, com 20 milhões de pares vendidos por 453 milhões de euros, divulgou hoje a associação setorial APICCAPS.

Em comunicado, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, diz tratar-se de "um início do ano muito promissor, num contexto internacional particularmente difícil", assumindo "maior preocupação" com a situação nos EUA, onde as vendas recuaram 12,7%.

"Ainda que já exportemos mais de 90% da produção para 170 países, consideramos o mercado norte-americano estratégico e a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década" , afirma Luís Onofre.

O dirigente destaca a "grande indefinição" causada pelas novas taxas alfandegárias dos Estados Unidos e afirma que, apesar de a situação ser preocupante, o setor "não abandonará o mercado".

Os EUA "são o maior mercado mundial de calçado", importando anualmente quase 2.000 milhões de pares num valor próximo dos 26.000 milhões de dólares, afirma a associação.

De janeiro a março, a Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, absorvendo um total de 18 milhões de pares no valor de 382 milhões de euros.

Em contrapartida, assume "preocupação" com o recuo nos Países Baixos, onde as vendas caíram 5,6% para 49 milhões de euros.

Nos primeiros três meses do ano a indústria portuguesa de calçado português exportou 90% da produção para 170 mercados nos cinco continentes.

Para o presidente da APICCAPS, "ainda que haja muitas variáveis a contaminar o comércio mundial", a expectativa é que 2025 seja "um ano de consolidação do calçado português no exterior".