Uma antiga funcionária da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) acusou a central sindical de a ter despedido ilegalmente, noticiou o Diário de Notícias (DN), esta quinta-feira. A trabalhadora, que optou por não querer ver a sua identidade revelada, contou também ao jornal que tinha trabalhado na Juventude Comunista Portuguesa (JCP) durante cerca de sete meses de forma não declarada.
Em 2022, a antiga funcionária esteve ligada à CGTP, tendo prestado serviços na área administrativa. Segundo os relatos da própria, o contrato não foi rescindido dentro do prazo regulamentar. Perto do Natal, diz ter sido despedida sem quaisquer explicações.
Pouco tempo depois, ao sugerir fazer queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho, a CGTP ofereceu-lhe uma indemnização correspondente a 12 meses de salário, o equivalente a cerca de 6 mil euros. Para além disso, ficou ainda, durante um ano, a receber o Subsídio de Desemprego.
No que diz respeito à JCP, a funcionária acusa o partido de ter trabalhado sem a celebração de um contrato laboral. Segundo a própria, os trabalhos eram pagos com dinheiro vivo e não eram passados quaisquer recibos. “Os quadros da Juventude Comunista são pagos por baixo da mesa”, disse ao DN.
A CGTP e o PCP negaram a existência de ambas as situações.