O deputado e ex-líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, lamentou este sábado na SIC-Notícias que "o processo das eleições presidenciais está a decorrer francamente mal" dentro do PS, vendo o partido incapaz de chegar a uma metodologia de indicação de apoio a um candidato que permita garantir unidade em torno desse futuro candidato. E responsabilizou por isso"vários intervenientes" do PS, incluindo Augusto Santos Silva -- que acusou Seguro de não dizer mais do que "banalidades", mas também Ana Gomes - que acusou António Vitorino de "também" não ser "inteiramente feliz.

Brilhante Dias disse acreditar que "estão criadas condições para que António Seguro seja candidato presidencial, mas suprapartidário, ou seja sem apoio partidário". Garantindo não ter informação privilegiada (apesar de ter integrado a direção de Seguro há uma década), Brilhante Dias disse ser "evidente que [Seguro] tem hoje as condições necessárias, criadas nos últimos meses, de alguma visibilidade e até o apoio de alguns socialistas", como o de João Soares "mas não só".

Para a direção de Pedro Nuno Santos e Carlos César, o presidente do PS que convocou uma reunião da Comissão Nacional para o próximo sábado para definir a posição do partido sobre presidenciais, deixou mais um recado: "Esta procura a toda a velocidade de encontrarmos um perfil que encaixa no nome António e acaba em 'ino', talvez não seja a melhor maneira de resolver o problema", disse, reiterando que o PS tem "cometido alguns erros".

Mas deixou ainda uma defesa adicional de Seguro, acerca de um dos critérios enunciados por Pedro Nuno Santos para a escolha de um candidato, a de ter tido experiência internacional: "O dr. António José Seguro foi eurodeputado, para que as pessoas tenham noção. Dá ideia de que ele não foi sequer a Badajoz".