O administração dos Estados Unidos anunciou este sábado uma série de exceções às tarifas aplicadas sobre importações, passando a isentar a entrada de telemóveis, computadores e outros componentes e produtos eletrónicos.

As isenções, publicadas num boletim do Serviço de Imigração e Alfândegas, são hoje citadas pela agência Europa Press e representam uma limitação das taxas, excluindo estes bens de dois tipos de tarifas: a de 125% imposta sobre a China, e a tarifa de base de 10% aplicada sobre quase todos os outros países.

A decisão deverá aliviar o impacto dos direitos aduaneiros nos consumidores e beneficiar gigantes dos mercados, como a Apple ou a Samsung.

As isenções são aplicáveis a telemóveis, computadores portáteis, discos rígidos, microprocessadores e 'chips' de memória.

De fora das tarifas ficam agora, também, máquinas utilizadas para o fabrico de semicondutores, numa referência à Tawan Semiconductor Manufacturing, que anunciou investimentos na ordem dos 100 mil milhões de euros em fábricas nos EUA.

O Governo de Taiwan anunciou este sábado que realizou as primeiras negociações sobre tarifas com os Estados Unidos e que conta com novas conversações para estabelecer relações comerciais "fortes e estáveis".

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Cerca de 60% das exportações de Taiwan para os EUA são de produtos de tecnologia da informação e comunicação, incluindo semicondutores, que já estavam isentos das novas tarifas impostas por Washington.

O encontro aconteceu depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado na noite de quarta-feira uma suspensão de 90 dias das chamadas "tarifas recíprocas" impostas sobre o resto do mundo, mas ter mantido e agravado as taxas impostas à China.

A Casa Branca esclareceu, na quinta-feira, que a tarifa total sobre os produtos chineses é de 145%, uma vez que teve de ser acrescentada a tarifa de 20% que tinha sido anteriormente imposta à China devido à crise do fentanil.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo intensificou-se rapidamente, numa altura de grande volatilidade dos mercados. A China insiste que não quer uma guerra comercial, mas que "não tem medo de a enfrentar se necessário".


Com LUSA