O Equador está em “estado de alerta máximo” devido a um alegado plano para assassinar o Presidente recentemente reeleito Daniel Noboa, anunciaram este sábado as autoridades do país latino-americano.

Daniel Noboa venceu as eleições presidenciais na segunda volta realizada no domingo, mas a sua rival de esquerda, Luisa Gonzalez, acusou-o de cometer “a mais grotesca fraude eleitoral”.

Esta semana, circulou nas redes sociais uma fuga de informação dos serviços secretos militares, segundo a qual assassinos que entraram no Equador vindos do México e de outros países estariam a planear “ataques terroristas” contra o chefe de Estado.

“Condenamos veementemente e rejeitamos qualquer intenção de atentar contra a vida do Presidente da República, das autoridades do Estado ou dos funcionários públicos”, afirmou hoje o Governo equatoriano num comunicado.

O Equador “está em estado de alerta máximo”, afirmou o Governo no seu comunicado, atribuindo a alegada tentativa de magnicídio a “organizações criminosas associadas a entidades políticas que perderam as eleições”, sem acrescentar mais pormenores.

Herdeiro de um magnata da banana, Daniel Noboa é a personificação da elite política equatoriana com formação em negócios, seguindo uma linha dura no que respeita à segurança.

O México rompeu relações com o Equador há um ano, depois de as forças de segurança equatorianas terem invadido a embaixada mexicana em Quito para prender um antigo vice-presidente a quem tinha sido concedido asilo.

A Presidente mexicana de esquerda, Claudia Sheinbaum, manifestou o seu apoio a Gonzalez, que disse que iria pedir uma recontagem dos votos da segunda volta, ganha por Noboa com 55,6% dos votos.

O Conselho Eleitoral equatoriano e os observadores internacionais excluíram a possibilidade de fraude neste ato eleitoral.