O líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, deixou na terça-feira a República Dominicana, onde chegou na semana passada como parte do seu périplo por países sul-americanos, mas até o momento o seu destino é desconhecido
O avião particular em que González Urrutia está viajando descolou do Aeroporto Internacional La Isabela, em Santo Domingo, por volta das 13:30 locais, 17:30 em Portugal, fontes aeroportuárias adiantaram à agência EFE.
Embora o destino do avião não seja oficialmente conhecido, ele está a voar para oeste e, de acordo com o FlightAWare, o destino provável é a Guatemala.
Edmundo González, exilado em Espanha desde setembro e que se diz vencedor das eleições presidenciais venezuelanas, chegou ao terminal do aeroporto no meio de um dispositivo de segurança.
Santo Domingo foi a última paragem de Edmundo González Urrutia, que afirma ter ganho as eleições presidenciais venezuelanas em julho, para reunir apoio internacional para a tomada de posse a 10 de janeiro, quando o líder Nicolás Maduro foi empossado pela Assembleia Nacional controlada pelo partido no poder.
Na semana passado assegurava estar "muito próximo da Venezuela
No dia 10 de janeiro, Edmundo González dirigiu uma mensagem à nação na qual assegurava estar "muito próximo da Venezuela".
O opositor de Maduro diz-se "pronto para entrar em segurança" e, no momento oportuno, fazer "valer os votos que representam a recuperação da democracia".
"Continuo a trabalhar nas condições para a minha entrada na Venezuela e para assumir, como manda a Constituição e o povo me ordenou, a presidência da República e o comando em chefe das Forças Armadas Nacionais", acrescentou.
Considerando-se presidente eleito, González ordenou "ao alto comando militar que desconsidere as ordens ilegais que lhes são dadas por aqueles que confiscam o poder e que prepare condições de segurança para assumir o cargo de presidente da República".
"Ordeno às forças militares e policiais que cessem a repressão e digo às instituições nacionais que, para a paz da República, devem repudiar o regime ilegítimo que tentou tomar o poder mais uma vez", comunicou.
As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) da Venezuela reafirmaram no domingo a sua lealdade a Nicolás Maduro, empossado como Presidente pelo parlamento, controlado pelos chavistas, embora a oposição maioritária reivindique a vitória de Edmundo González Urrutia nas presidenciais de julho.
A 28 de julho, o líder da oposição Edmundo González enfrentou Nicolás Maduro nas urnas, numa eleição presidencial que o bloco da oposição afirma ter ganho, de acordo com os resultados que diz ter recolhido, mas o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo partido no poder, decretou a vitória de Nicolas Maduro.
Com LUSA