Este domingo, a partir de uma arena lotada em Washington D.C., Donald Trump disse aos milhares de apoiantes que, amanhã, dia em que toma posse como Presidente dos Estados Unidos, se inica uma nova era de força, prosperidade, dignidade e orgulho para os norte-americanos. O republicano afirmou que se "fecha a cortina de quatro longos anos de declínio".

"Quando o sol se puser amanhã, a invasão do nosso país terá acabado", garantiu.

Mão pesada de Trump para a imigração ilegal

Trump repetiu a promessa de campanha de lançar o maior programa de deportação da história dos Estados Unidos. O Presidente eleito prometeu agir com "uma força sem precedentes" já a partir de amanhã para acabar com a imigração ilegal no país.

"Vamos acabar com a invasão das nossas fronteiras", disse Trump.

O homem de negócios que se tornará o 47.º Presidente dos Estados Unidos ao meio-dia de segunda-feira prometeu emitir uma centena de ordens executivas no seu primeiro dia na Casa Branca.

"Agirei com uma rapidez e uma força sem precedentes", declarou o multimilionário republicano de 78 anos, perante uma multidão entusiasta, nas bancadas da Capital One Arena, um recinto de 20.000 lugares.

Retomando os temas dos seus discursos de campanha que o ajudaram a ser eleito em 5 de novembro de 2024, contra a candidata democrata, a vice-presidente cessante, Kamala Harris, num país altamente polarizado, Donald Trump prometeu "resolver todas as crises que o país enfrenta".

"Temos de o fazer", afirmou.

O discurso desta noite, que antecede a tomada de posse, assemelhou-se a outros que Trump foi fazendo, num estilo livre, desde a primeira candidatura à Casa Branca em 2016. Durante uma hora, apresentou uma mistura de palavras de ordem, algumas falsas alegações e uma mão cheia de promessas abrangentes - desde compromissos de investimento da Apple, confirmados pela conversa com Tim Cook, até às juras mais inusitadas como impedir que atletas transexuais participem em desportos femininos.

Trump diz que vai divulgar ficheiros sobre os assassinatos de JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King

Ainda no âmbito das promessas, Donald Trump garantiu que divulgará documentos confidenciais, nos próximos dias, relacionados com os assassinatos do presidente dos EUA John F. Kennedy, do senador Robert Kennedy e de Martin Luther King Jr. Uma promessa semelhante já tinha sido feita durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Chegaram a ser divulgados alguns documentos relacionados com o homicídio de JFK em 1963, mas parte significativa do processo ficou em segredo depois de Trump ceder a pressões das autoridades.

O assassinato de JFK, em particular, é uma fonte de fascínio nos Estados Unidos. Há quem acredite que John F. Kennedy foi morto por vários atiradores, o que contradiz os relatos oficiais. Importa referir que Robert F. Kennedy Jr., filho de Robert Kennedy e sobrinho de JFK, e o responsável pela pasta da saúde na Administração Trump.

Trump diz que era inevitável salvar o Tiktok

O TikTok foi suspenso nos Estados Unidos, após o Supremo Tribunal decidir manter uma lei aprovada pelo Congresso. No entanto, Donald Trump garantiu que ia ‘salvar’ a rede social com um uma ordem executiva ao tomar posse. A plataforma já agradeceu ao presidente eleito.

Donald Trump afirmou que era inevitável salvar o Tiktok e elogiou o regresso da aplicação nos Estados Unidos, horas depois de ter sido encerrada no país.

O "Make America Great Again Victory Rally" de Trump acontece na Capital One Arena, um local onde habitualmente se realizam jogos de basquetebol, hóquei no gelo e concertos, no centro de Washington D.C., e que também será palco algumas das celebrações desta segunda-feira. Os planos da tomada de posse foram alterados devido às previsões de frio intenso, que obrigaram a mudar os eventos para locais fechados.


[Artigo atualizado às 00:50]


Com LUSA