O Ministro da Presidência defende que as diferenças entre comunidades não podem ser usadas como arma política para o discurso de ódio. Na cerimónia que assinala os 80 anos da libertação de Auschwitz, António Leitão Amaro sublinha ainda que o Governo não aceita nenhuma forma de intolerância.

“O mal e o ódio não podem ser um caminho, mesmo quando há diferenças. Não podemos pegar nas diferenças e delas fazer um instrumento para o mal, para o discurso de ódio. (...) Uma comunidade desumanizada é um caminho profundamente errado e não pode ser um instrumento da política”, defendeu.

Leitão Amaro esteve esta segunda-feira na cerimónia que, em Auschwitz, assinalou os 80 anos da libertação do campo de concentração e que contou com a presença de 62 sobreviventes.

A organização não permitiu que políticos ou governantes discursassem, guardando o palco apenas para os sobreviventes que quisessem partilhar as suas histórias, numa cerimónia que poderá ser uma das últimas a contar com testemunhos de viva voz.

Estima-se que mais de um milhão de pessoas, a maioria judaicas, tenham morrido em câmaras de gás, doenças, frio e fome.

O campo de Auschwitz-Birkenau, o maior campo de concentração criado pelo regime nazista, foi libertado pelo exercito soviético em 1945. Dois anos depois, o campo foi transformado num museu que já foi visitado por mais de 30 milhões de pessoas de todo o mundo.

No final da década de 1970 foi considerado Património da Humanidade pela UNESCO.