João Rogério Silva, conselheiro nacional do Chega acusado de ameaçar e destruir o carro de um rival interno, demitiu-se esta sexta-feira do Conselho Nacional e desfiliou-se do partido.
"Venho a informar que não sou militante do partido CHEGA, e que também apresentei a minha demissão do cargo de conselheiro nacional do partido", anunciou numa publicação no Facebook.
Na mesma nota, escreve que confiará na Justiça e diz esperar que a "verdade prevaleça", referindo-se aos processos judiciais que enfrenta.
"Vou-te matar"
João Rogério Silva é acusado de ter recorrido a uma faca para ameaçar de morte António José Cardoso, um rival interno, em 2023.
Terá ainda destruído o carro da vítima, que já não é militante do partido e que também foi candidato à concelhia de Oliveira do Hospital. Os danos foram avaliados em 1.856€.
A situação terá sido denunciada ao Conselho de Jurisdição Nacional do Chega, que não afastou o dirigente.
Está agora acusado de crimes de dano e ameaça agravada.
Ventura referiu-se ao caso como "um mal entendido"
Ao JN, António José Cardoso revelou que não morreu "porque não calhou". A vítima alega ainda que João Rogério Silva terá confessado o crime em tribunal, mas que André Ventura se referiu ao caso como "um mal entendido".
"Confessou ao tribunal e publicamente também. Depois de fazer aquilo, ligou para uma série de testemunhas a dizer o que fez e até à GNR confessou."
Depois dos casos do furto de malas, prostituição de menores e condução sob o efeito de álcool, esta é a mais recente polémica a abalar o partido de André Ventura.