
Criar, inovar, ter ideias e o talento para as implementar, quebrar com o que está estabelecido. Ver aquilo que (ainda) não existe. A criatividade é o que verdadeiramente alimenta um negócio e dela depende o sucesso crescente. Que o diga a responsável pelo Grupo Américo Amorim, que após 150 anos de existência continua a quebrar fronteiras e a saltar barreiras, fechando cada nova etapa ou caminho com a certeza de que irá rasgar novas portas.
Se foi a criatividade de Paula Amorim que a levou à indústria da moda e a trazer para o grupo áreas por onde nunca se aventurara — algumas delas consideradas groundbreaking até para o ecossistema português, como o novo conceito da Comporta e os espaços JNCQuois — ou se foram as experiências que teve que a transformaram, é um pouco como discutir se primeiro veio o ovo ou a galinha. Certo é que criatividade estimula criatividade, traz inovação, atrai talento e gera negócios.
E como é que se consegue dar palco à diferença num mundo global? A verdade é que é precisamente no cenário mais ou menos homogéneo que a diferença sobressai, que os novos conceitos brilham e ditam as futuras tendências. Criar caminhos, partir pedra, marcar os caminhos que todos vão querer trilhar pode aliás extravasar o mundo empresarial. São os países que ditam tendências que dominam a economia, são as regiões que apostam na inovação que dirigem o comboio da geopolítica mundial. Que o diga Miguel Poiares Maduro, que já há uma década antecipava a importância de "criar mecanismos de empowrement" e apostar numa nova economia.
A criatividade é um dos motores mais poderosos da inovação empresarial e política. E a criatividade e a cultura influenciam não só a economia, mas também a forma como os países e empresas se posicionam no mundo. Podem os negócios e as regiões económicas aprender com a dinâmica da moda, que permanentemente de reinventa e gera as tendências que vão marcar cada estação? Pode este setor servir de ponte para a inovação e o pensamento estratégico nos negócios?
As novas perspetivas económicas num mundo global e cada vez mais rápido estarão em cima da mesa em mais uma conversa improvável, nesta sexta-feira, às 13.00. No auditório do Santander, as Beyond Profit Talks, by Fundação Santander, regressam à Rua da Mesquita (inscreva-se aqui) ou reserve para ver com tempo aqui no SAPO, desta vez com Paula Amorim e Miguel Poiares Maduro a dar resposta aos desafios lançados pelo maestro Martim Sousa Tavares, numa conversa que cruza "criatividade e estratégia global, mostrando como os líderes podem inspirar-se na inovação da moda para transformar mercados, criar marcas fortes e adaptar-se a um mundo em mudança".
Veja aqui as anteriores conversas improváveis, que já se debruçaram sobre temas como A Idade Leva ou Eleva o Talento, O Poder das Artes na Sociedade, A Educação Precisa de Inovação e O Amor Como Critério de Gestão.