O presidente da IL, Rui Rocha, que se recandidata ao cargo, manifestou-se este sábado confiante de que vai ter um resultado clarificador na Convenção Nacional do partido e recusou que haja desunião interna.
"Espero que seja uma enorme festa da IL, com debate, assertividade, momentos intensos, mas um momento da afirmação da energia do partido, e obviamente de clarificação interna também para reforçamos a luta que temos pelo futuro do país", afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas à chegada ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde decorre a IX Convenção Nacional da IL.
Rui Rocha recusou que esta eleição interna seja um "passeio no parque", considerando que "é muito bom" que o partido tenha "vozes dissonantes e críticas".
"Trata-se de, democraticamente, debatermos ideias, estando eu convencido que a Lista L, que encabeço, vai ter uma votação clarificadora nesta convenção", frisou.
Questionado se está disponível para se reunir com Rui Malheiro, o seu adversário na disputa interna pela liderança, na segunda-feira, de forma a unir o partido, Rui Rocha respondeu: "O debate é sempre importante e obviamente as boas ideias são sempre aproveitáveis".
"Mas eu creio que essa ideia que a IL tem algum tipo de desunião vai ficar também esclarecida com esta convenção. O debate é muito importante, vai fazer-se - isso significa que há visões diferentes -, mas, no final, estou absolutamente convencido que a IL vai dar uma prova de força ao país", referiu.
Rui Rocha chegou ao Pavilhão Paz e Amizade acompanhado pela líder parlamentar da IL, Mariana Leitão, que propõe para a vice-presidência do partido. Questionado se o próximo candidato presidencial da IL estava próximo dele, após ter dito que o vai anunciar este domingo caso seja reeleito, Rui Rocha respondeu: "Eu tenho todos os membros perto de mim".
"Portanto, sim, o candidato presidencial estará nas proximidades", disse, entre risos, numa declaração em que foi igualmente questionado se admite voltar a almoçar com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, depois de o terem feito em 2023, tendo discutido na altura a constituição de um eventual Governo de direita.
"Não me oponho a almoçar se for com companhias com as quais tenho pelo menos uma relação de respeito, embora tenhamos, obviamente, e isso tem sido patente ao longo dos últimos anos, uma divergência política que é bem vincada", respondeu.