![Conselho de Administração do Amadora-Sintra apresenta demissão](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Os membros do Conselho de Administração da ULS Amadora-Sintra apresentaram esta quinta-feira a demissão à ministra da Saúde e ao diretor-executivo do SNS.
“Esta decisão permitirá à tutela implementar as medidas e políticas que considere necessárias, não sendo este Conselho de Administração um obstáculo”, lê-se no comunicado.
O Conselho de Administração garante que sempre seguiu o “caminho da legalidade, ética e justiça” e sublinha que a sua prioridade “sempre foi garantir o interesse dos utentes, a confiança na instituição e a qualidade dos serviços prestados”.
Lembra que tomou posse em julho de 2023, num momento “delicado” para o hospital, na sequência das denúncias de situações de alegadas más práticas médicas, no Serviço de Cirurgia Geral.
No comunicado, deixa ainda "uma palavra especial de reconhecimento e agradecimento aos profissionais da ULS Amadora/Sintra, pelo extraordinário trabalho desenvolvido diariamente no cumprimento" da missão da instituição.
Recorde-se que esta quarta-feira a ministra da Saúde convocou o conselho de administração do hospital para uma reunião a acontecer no ministério da Saúde. No final, em declarações aos jornalistas, Luís Gouveia garantiu que se ia manter em funções, mas acabou por apresentar a demissão 24 horas depois.
"Nós mantemos, naturalmente, a capacidade de trabalhar diariamente. Somos profissionais no hospital e na unidade local de saúde", disse Luís Gouveia em resposta à pergunta se a ministra mantinha a confiança no CA.
Nas últimas semanas, a administração do Amadora-Sintra tem sido alvo de críticas da Ordem dos Médicos, que considera que o hospital perdeu a capacidade formativa de cirurgia e não reunia condições de segurança no serviço.
Esta quinta-feira, ao mesmo tempo em que a administração do hospital tornava pública a decisão, Ana Paula Martins, no Parlamento, dizia que as condições do Amadora-Sintra se deterioraram muito nos últimos tempos.