O número de casos de cólera em Angola continua a aumentar, totalizando 7.284 desde 7 de janeiro, com mais 165 registos e 17 mortes nas últimas 24 horas, o maior número desde o início do surto.

Segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde de Angola, datado de sábado e divulgado este domingo, foram notificados mais 165 casos de cólera, em 24 horas, dos quais 60 na província do Cuanza Norte.

Os restantes distribuem-se por Luanda (50), Bengo (17), Benguela (16), Cabinda (5), Icolo e Bengo (4) e Malanje (3).

Foi também na província do Cuanza Norte que se registaram a maioria dos óbitos (13), seguindo-se Luanda (2), Benguela (1) e Zaire (1).

Desde o início do surto, foram reportados 7.284 casos, maioritariamente nas províncias de Luanda (3.788) e Bengo (2.303) e ocorreram 275 mortes, das quais 139 na província de Luanda e 89 na província do Bengo.

Atualmente, estão internadas 237 pessoas com cólera.

Se não for tratada, a cólera pode ser fatal em horas

A cólera é uma doença aguda que pode ser fatal em horas, caso não seja tratada.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, "a maior parte das pessoas com cólera têm diarreia ligeira ou moderada e podem ser tratadas com soluções de reidratação oral", mas a rápida progressão da doença significa que um tratamento imediato é fundamental para salvar vidas.

"É uma ameaça de saúde pública global e um indicador de desigualdade e de falta de desenvolvimento económico e social. O acesso a água segura, saneamento básico e higiene é essencial para prevenir cólera e outras doenças que se transmitem pela água", acrescenta a OMS.


Com LUSA