As autoridades disciplinares e de supervisão receberam 3,56 milhões de queixas, das quais um milhão foram acusações ou alegações diretas, de acordo com a Comissão Central de Inspeção e Disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC) e a Comissão Nacional de Supervisão, um órgão estatal.

Entre os punidos, 73 eram quadros de nível provincial ou ministerial, segundo comunicados publicados por ambos os organismos.

Foram investigadas 26 mil pessoas por oferecerem ou receberem subornos, resultando em 4.271 casos transferidos para a procuradoria, para serem processados judicialmente.

As autoridades também efetuaram trabalhos de crítica ou de "educação" de mais de um milhão de funcionários.

Em 2023, as duas agências puniram um total de 610 mil funcionários públicos.

Após ascender ao poder, em 2013, Xi lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista.

Xi, que consolidou o poder à frente do país durante o 20º Congresso do PCC, em 2022, disse então que ia aprofundar a campanha anticorrupção porque "a situação ainda é grave".

Esta semana, ele apelou à "vitória resoluta na dura e prolongada batalha contra a corrupção".

De acordo com o líder chinês, foram feitos "esforços sem precedentes", com "resultados amplamente reconhecidos", mas é necessária uma "ação sustentada para combater a corrupção".

"A corrupção é a maior ameaça para o Partido Comunista", sublinhou Xi, acrescentando que o PCC vai "enfrentar todos os casos" para "assegurar o avanço constante da modernização da China".

 

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