A polícia deteve cerca de quatro dezenas de pessoas que protestavam contra a decisão do primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de demitir Yoav Gallant, e retirou os manifestantes da autoestrada Ayalon, uma das principais vias de Telavive, acrescenta o diário.

A demissão de Gallant levou milhares de israelitas a saírem à rua para protestar contra a decisão, tal como aconteceu no final de março de 2023, quando Netanyahu o demitiu pela primeira vez por se opor a uma reforma judicial.

A decisão de Netanyahu provocou manifestações em todo o país, incluindo em cidades do norte, como Haifa, onde se temem ataques da milícia xiita Hezbollah do Líbano.

O primeiro-ministro israelita justificou a demissão de Gallant com divergências sobre a gestão da guerra na Faixa de Gaza e afirmou que existem "lacunas significativas" com Gallant e que "essas lacunas foram acompanhadas por declarações e ações que contradizem as decisões do Governo e as decisões do Gabinete".

No entanto, os manifestantes opõem-se à decisão, afirmando que esta apenas favorece a sobrevivência política de Netanyahu, mas não o país, desgastado por uma guerra em Gaza há mais de um ano.

Entre as palavras de ordem mais repetidas durante os protestos, em que a polícia por vezes atacou os participantes, os israelitas pediram um acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita palestiniano Hamas, e que os judeus ultraortodoxos sirvam como os outros jovens no exército, duas exigências defendidas por Gallant, apesar da oposição do primeiro-ministro.

Foram igualmente registadas marchas em Nahariya, Carmiel e Rosh Pina, cidades a norte de Haifa e próximas da fronteira libanesa, noticiaram os meios de comunicação social locais.

Várias centenas de pessoas manifestaram-se também em Cesareia e nas cidades vizinhas de Karkur e Zichron Yaakov, a sul de Haifa.

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