Os níveis de poluição atmosférica na capital tailandesa colocam-na entre as dez cidades mais poluídas do mundo.

A medida foi anunciada através das redes sociais pelo Governador de Banguecoque, Chardchart Sittipunt, que afirmou que 352 escolas da Administração Metropolitana de Banguecoque foram encerradas devido à poluição.

O número é muito superior às cerca de 200 escolas que não abriram no dia anterior em Banguecoque, cuja área metropolitana alberga mais de 17 milhões de pessoas.

A cidade foi classificada hoje como a oitava cidade mais poluída do mundo, de acordo com o portal IQAir, que mede a qualidade do ar em todo o mundo, através da medição dos níveis de partículas PM2.5, registando 175 microgramas por metro cúbico (µg/m³), muito acima do limite de 25 µg/m³ recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A capital do Bangladesh, Daca, a cidade paquistanesa de Lahore e a capital do Nepal, Katmandu, encabeçam a lista com uma concentração superior a 200 µg/m³.

A OMS aconselha a evitar a exposição durante mais de 24 horas a concentrações de PM2,5 superiores a 25 mcg/m3, devido ao risco de doenças respiratórias, cardiovasculares e cancerígenas associadas a estas partículas, tão pequenas que podem passar diretamente para a corrente sanguínea.

O ministro tailandês dos Transportes, Suriya Juangroongruangkit, anunciou hoje que os comboios e autocarros elétricos serão gratuitos em Banguecoque, que se encontra congestionada pelo trânsito, durante sete dias, de 25 a 31 de janeiro de 2025, entre algumas das medidas destinadas a reduzir a poluição atmosférica.

Entretanto, o ministério tailandês da Agricultura tem tentado limpar o céu, criando nuvens artificiais para aumentar o nível de humidade e reduzir as partículas poluentes que flutuam na atmosfera. As queimadas agrícolas estão também a ser controladas.

Um dos principais problemas de poluição atmosférica na Tailândia é a época de queima de restolho agrícola, que ocorre normalmente entre janeiro e abril, no início da época de plantação, coincidindo com a estação seca do país.

Esta queima, um método mais barato do que a remoção das plantas à mão ou com máquinas, é utilizada pelos agricultores na Tailândia e nos países vizinhos, como o Camboja, a Birmânia e o Laos.

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