De acordo com as fontes, o voo 8432, proveniente de Baku, capital do Azerbaijão, foi atingido por estilhaços de um míssil terra-ar quando se encontrava no espaço aéreo da cidade russa de Grozny, o seu destino.
O Embraer 190, de fabrico brasileiro, fazia a ligação entre Baku, e Grozny, na região russa da Chechénia, e levaria a bordo 67 pessoas.
Poucas horas depois do início do voo, o avião da Azerbaijan Airlines (AZAL) solicitou uma aterragem de emergência.
Devido a nevoeiro intenso em Grozny, o avião foi desviado primeiro para Makhachkala, no Daguestão russo, e depois para Aktau, onde acabou por se despenhar a cerca de três quilómetros do aeroporto da cidade do Mar Cáspio.
O aparelho acabou por embater no solo e incendiou-se.
A Agência Federal de Transportes Aéreos da Rússia afirmou que o avião "colidiu com aves", após o que o comandante decidiu aterrar em Aktau.
A Ucrânia, no entanto, acusou a Rússia de ter abatido o avião da AZAL com um míssil de defesa aérea.
"A explosão de um míssil de defesa aérea danificou o avião e desativou os seus sistemas", disse o chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Andri Kovalenko.
Segundo Kovalenko, os buracos na fuselagem do avião que que podem ser vistos nas fotografias dos passageiros não podem ter sido causados por pássaros.
"A Rússia devia ter fechado o espaço aéreo sobre Grozny, mas não o fez", disse Kovalenko, referindo-se aos riscos criados pelo ataque de 'drones' que estava a ocorrer na altura cidade chechena.
A cidade russa foi atacada por 'drones' na manhã de quarta-feira, confirmou o secretário do Conselho de Segurança da Chechénia e sobrinho do chefe da região, Khamzat Kadirov.
"Tudo o que estava a voar foi abatido", disse nas redes sociais na quarta-feira, segundo a agência espanhola EFE.
"O avião foi danificado pelos russos e enviado para o Cazaquistão, em vez de fazer uma aterragem de emergência em Grozny e salvar vidas", acusou Kovalenko.
Reagindo à possibilidade de o avião ter sido atacado, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, apelou para que não se tirassem conclusões precipitadas sobre as causas do acidente.
"Seria errado fazer suposições antes das conclusões do inquérito. É claro que não o faremos e ninguém o deve fazer", disse Peskov durante a conferência de imprensa telefónica diária.
"Devemos esperar até que a investigação termine", insistiu, segundo a EFE.
O Ministério das Situações de Emergência do Cazaquistão indicou na quarta-feira, na rede social Telegram, que 29 pessoas estavam hospitalizadas, incluindo três crianças.
A AZAL anunciou a suspensão de todos os voos para Grozny e Makhachkala até que as causas da tragédia sejam esclarecidas.
Peritos brasileiros da Embraer deverão chegar ao Cazaquistão na sexta-feira para participarem na investigação do desastre aéreo.
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