Seis pessoas morreram e outras nove ficaram feridas num ataque russo realizado esta terça-feira de manhã na cidade de Zaporijia, no sul da Ucrânia, anunciou o governador regional, adiantando que foram incendiadas infraestruturas.

Pouco antes do ataque, foi acionado o alerta aéreo de ataque com mísseis balísticos nesta região, onde está localizada a maior central nuclear da Europa, ocupada pela Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, no início de 2022.

Durante a madrugada, as forças ucranianas abateram quase meia centena de drones e dois mísseis. No total, a Rússia lançou 79 drones contra várias cidades da Ucrânia, incluindo Kiev. Os restantes caíram em parte incerta.

O chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, reagiu ao ataque, publicando uma mensagem na plataforma Telegram, na qual apela aos ocidentais para que façam mais para ajudar a Ucrânia.

"Zaporijia. Um novo ataque russo. Há mortos, feridos. A violência deve ser travada por ações firmes. Os aliados devem agir com mais firmeza", defendeu.

Kiev acusa o Ocidente de timidez face à Rússia, numa altura em que esta acelera as suas conquistas no leste da Ucrânia e é acusada de enviar tropas norte-coreanas para combater a Ucrânia.

Dividida pelo rio Dnieper, a cidade de Zaporijia, que tinha mais de 700 mil habitantes antes desta guerra, fica a aproximadamente 35 quilómetros em linha reta das posições russas.

Vários meios de comunicação e 'bloggers' ucranianos evocaram, nos últimos dias, o risco de uma possível ofensiva russa na região de Zaporijia, palco do principal ataque de Moscovo na frente oriental, onde o exército ucraniano foi obrigado, em 2022, a recuar durante meses.

No final desse ano, o Kremlin (presidência russa), cujas forças controlam parte da região de Zaporijia, reivindicou a anexação de todo o território.


Com Lusa