O Sporting sagrou-se bicampeão nacional este sábado e confirmou a dominância no panorama nacional ao longo dos últimos cinco anos: são três títulos conquistados nas últimas cinco edições do campeonato.
Confira os dados que marcaram a época do clube de Alvalade.
Não é possível falar da caminhada do Sporting na edição da Primeira Liga que agora finda sem mencionar um dos principais - senão o principal - responsável pelo feliz desfecho.
Viktor Gyökeres, que, muito provavelmente, se despediu este sábado de Alvalade, fez o gosto ao pé por 39 vezes e foi, pelo segundo ano consecutivo, o goleador do campeonato.
É preciso recuar até à época 2001/2002, quando os ‘leões’ também levantaram o troféu, para encontrar um registo que suplante o do goleador nórdico. Nessa época, Mário Jardel, também ao serviço do Sporting, abanou as redes adversárias em 42 ocasiões.
Quer isto dizer que, dos 88 golos marcados pelos ‘verdes e brancos’ nesta edição da Primeira Liga, número que faz do ataque leonino o mais prolífico, 47 - mais de metade - tiveram envolvimento direto do “abono de família” de Alvalade, que também contribuiu com nove assistências.
Treze dos tiros certeiros dos homens de Alvalade foram marcados diretamente da marca dos onze metros.
Trincão domina nas assistências
E no campo das assistências também é o campeão nacional que está representado no mais alto lugar do pódio. Francisco Trincão, o atleta do Sporting mais utilizado ao longo das 34 jornadas, fez 12 passes para golo, mais dois do que o segundo classificado, Akturkoglu, do Benfica.
Também no campo da defesa é a equipa orientada por Rui Borges que festeja, já que só permitiu que as suas redes abanassem por 26 vezes.
Nessa matéria, os ‘verdes e brancos’ bem podem agradecer ao guarda-redes contratado em janeiro ao Real Bétis, Rui Silva, que, mesmo só cumprindo meia época, foi o guardião do Sporting com mais defesas completas (22), superando Kovacevic e Franco Israel.
Época menos feliz em casa
Contrariamente ao que sucedeu na época passada, o Sporting não soube apenas vencer em Alvalade. O desaire frente ao Santa Clara (12.ª jornada) e os empates diante do Arouca (22.ª jornada) e do SC Braga (28.ª jornada) não permitiram que os ‘leões’ voltassem a fazer história neste domínio. Em casa, os ‘verdes e brancos’ marcaram 40 golos e sofreram outros 13.
O campeonato leonino principiou de forma arrebatadora, o que fazia prever que o bicampeonato seria um objetivo relativamente simples de alcançar.
Sete goleadas nas primeiras 10 jornadas faziam sonhar os adeptos leoninos, que começavam, ainda que de forma precoce, a imaginar o regresso ao Marquês.
Daí em diante, os campeões nacionais só voltaram a ganhar por três golos de diferença em três ocasiões.
Coincidência ou não, foi após a 11.ª jornada que Ruben Amorim partiu rumo a Inglaterra, uma saída que coincidiu com o pior período da campanha leonina – duas derrotas consecutivas, uma vitória pela margem mínima e um empate.
Foi até à 12.ª jornada, aquando da derrota caseira frente ao Santa Clara, que os lisboetas viveram a melhor fase da época com 11 vitórias nas 11 primeiras jornadas, algo que não se voltou a verificar.
Depois disso, o Sporting não conseguiu vencer mais do que quatro partidas consecutivas.
O capitão não deu o exemplo
Hjulmand, capitão de equipa e peça fundamental no esquema tático de Rui Borges, foi o jogador leonino que mais cartolinas amarelas viu (10). Foi, justamente, por esse motivo que o norueguês falhou a jornada de consagração do clube.
No que toca à punição máxima, o cartão vermelho, foram três os atletas do Sporting admoestados, todos com um: Diomande, Maxi Araújo e Harder.
Osmane Diomande foi ainda o jogador do conjunto campeão que mais recuperações de bola fez com sucesso ao longo de todo o campeonato.
Adeptos disseram "presente"
Nos 17 jogos disputados no Estádio José Alvalade, os 'leões' comandados por Rui Borges estiveram, em média, debaixo do olhar atento de 42.114 adeptos, uma média de ocupação de 84.13%.
Todos os dados acima referidos foram consultados no site da Liga Portugal.