O Ministério Público alemão acusou um médico dos cuidados paliativos de 15 crimes de homicídio, alegando que o suspeito administrou quantidades letais de vários medicamentos a pacientes ao seu cuidado.

De acordo com a agência Reuters, além da pena de prisão, os procuradores pedem também que o médico de 40 anos fique em prisão preventiva, no decorrer na investigação, e que nunca mais possa exercer medicina.

O suspeito, cujo nome não foi revelado, não admitiu as acusações em tribunal.

Inicialmente, o médico era suspeito de estar envolvido em quatro mortes, ocorridas em 2024. De acordo com a acusação, o suspeito terá tentado encobrir os crimes incendiado os apartamentos das vítimas.

Com o avançar das investigações, as autoridades revelaram que o médico, que atuava em vários Estados alemães, estaria envolvido noutras mortes, que remontam a 2021.

Ao todo, terão sido pelo menos 15 vítimas, 12 mulheres e três homens, com idades entre os 25 e 94 anos. Ainda assim, o número pode vir a aumentar.

Uma equipa de investigação, criada especificamente para o caso, está a avaliar os registos do médico, estando previstas mais exumações.

O Ministério Público alemão acusa o médico de administrar um anestésico e depois um relaxante muscular a pacientes paliativos sob os seus cuidados, que não estavam a morrer ativamente, e sem o seu conhecimento ou consentimento.