O presidente da Assembleia da República recordou hoje que o Papa Francisco defendeu que a política quando vivida como serviço é a mais elevada forma de caridade e que a dignidade da pessoa é a questão central.

"Despedimo-nos com tristeza e gratidão do Papa Francisco. Pastor incansável, profeta da esperança e amigo querido de Portugal", escreveu José Pedro Aguiar-Branco na mensagem que hoje deixou no livro de condolência pela morte do Papa Francisco, na Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Lisboa.

Na sua mensagem, o presidente do parlamento destacou que Francisco se empenhou na construção da paz, na promoção da amizade social e na defesa da ecologia integral".

"Os seus apelos ao diálogo inter-religioso abriram caminhos de diálogo entre povos e culturas e a sua visão de uma economia mais humana desafiou o mundo a colocar a dignidade da pessoa no centro das decisões".

Depois, recordou palavras do Papa Francisco sobre a atividade política.

"Como ele próprio afirmou, a política, quando vivida como serviço, é a mais alta forma de caridade. Esta frase ressoa como um convite a todos nós, especialmente aos que têm responsabilidades públicas, para agirmos com generosidade e justiça", salientou José Pedro Aguiar-Branco.

Na mensagem que escreveu no livro de condolências, o presidente da Assembleia da República também referiu que "Portugal guarda no coração" as duas visitas do Papa em 2017 e 2023.

"Momentos de comunhão que reforçaram os laços entre o Santo Padre e o povo português. Cabe-nos agora ser fiéis ao seu exemplo e às suas palavras. Que a sua mensagem de esperança continue a iluminar os nossos caminhos. E que o Papa Francisco possa agora entrar na vida eterna que tão ardentemente esperou e anunciou", acrescentou.

"O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

Portugal decretou três dias de luto nacional.