A Escola Secundária Jaime Moniz, no Funchal, vai promover uma conferência sobre o mosquito Aedes aegypti, no próximo de dia 23 de Abril. A iniciativa que terá lugar na sala de conferências daquele estabelecimento de ensino, às 15 horas, terá como orador principal será Maurício Melim, especialista em saúde pública, que será acompanhado por mais dois especialistas.

A ideia é "sensibilizar a comunidade educativa e promover o esclarecimento de dúvidas" sobre o “mosquito da dengue”.

O Aedes aegyptie foi detectado em 2004 na Madeira. Supõe-se que terá chegado pelo mar, vindo de um país da América Central. Põe os ovos na água, por isso a via náutica é mais perigosa do que de um único mosquito adulto que se engane e entre num avião transcontinental. Outro mistério é a origem do vírus de dengue. As fêmeas do mosquito — as únicas que se alimentam do sangue na altura da reprodução — passam o vírus para os ovos. A Madeira registou um surto da doença de dengue entre 2012 e 2013, com 1080 casos confirmados de infeção por dengue, a maioria no concelho do Funchal, o que não ocorria em países da União Europeia desde 1920. O surto não provocou mortes, nem foram reportadas formas severas da infeção. O surto obrigou a continuar a recolha e monitorização dos mosquitos Escola Secundária Jaime Moniz

A instituição realça que, já neste ano de 2025, o vírus da dengue foi novamente detectado numa armadilha de monitorização localizada no Funchal, segundo informações da Secretária de Saúde e Protecção Civil, embora até à data não existiam casos suspeitos da doença em humanos na Região.

A dengue é uma doença provocada por um vírus que se hospeda no organismo humano através da picada de um mosquito do género Aedes, sendo os sintomas mais comuns febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, dor em redor ou atrás dos olhos, vómitos, manchas vermelhas na pele e hemorragias Escola Secundária Jaime Moniz

Refira-se que, além de dengue, o mosquito Aedes aegypti pode transmitir ainda o vírus da febre-amarela, chikungunya e zika.

Numa lógica de prevenção, os alunos do curso técnico de ambiente do 'Liceu', em parceria com o departamento científico do Museu de História Natural do Funchal, com a supervisão de Isabel Gonçalves, têm feito a monitorização das sarjetas da escola e a determinação da dose mínima de sal a aplicar tendo em conta a dimensão das sarjetas existente no espaço escolas e instalações desportivas.